DESCUIDO OU IRRESPONSABILIDADE ?
Por
Humberto Pinho da Silva
Quando a escritora Isaura
Correia Santos, sofreu o acidente de viação, na estrada Porto-Povoa, ficou
internada numa casa de saúde, do centro da cidade.
Fui visitá-la. Sabia o número
do quarto, mas não o modo de chegar lá.
Perguntei ao porteiro. Disse-me
para subir e perguntar depois a uma enfermeira. Assim fiz.
Durante semanas realizei essa
visita, diariamente. No quarto apenas estava a doente e a Filó.
Estranhei não ter que me
identificar, à entrada, e a liberdade de poder circular livremente pelos
corredores do hospital.
Contando o sucedido, vim a
saber, que é prática comum não pedir a identificação de quem vai visitar os
doentes, em hospitais privados. Parece-me atitude leviana.
Recentemente, minha querida
amiga, Cândida, foi obrigada a internar-se num hospital
Ao entrar, perguntei à porteira
onde ficava o quarto numero X. Solicita, disse-me: “ Suba este corredor; vire à
direita; depois à esquerda; e procure o número “.
Assim fiz; mas perdi-me. Pedi
auxilio a empregada, que me disse: “Vá andando que está no caminho certo…”
Fui andando… e finalmente
cheguei ao local que queria.
E se eu, em lugar de ser amigo
intimo, ao ponto de a respeitar como se minha mãe fosse – era malfeitor?!
Ou, na melhor das hipóteses,
fosse visitante indesejável?
Muitas desgraças, muitos crimes, acontecem por
falta de segurança; por descuido ou irresponsabilidade de quem manda.
Neste caso, a simples
identificação pelo BI, e um telefonema interno, para o quarto, seria bastante
para garantir a segurança da doente.
Por que não se faz?! Não sei
responder. Saberá o leitor?
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