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domingo, 28 de setembro de 2014

A verdade como vítima - Por Josivam Alves

A verdade como vítima

Por Josivam Alves

Tivemos ontem à noite e hoje entre o final da manhã e início da tarde, a oportunidade de assistir aos debates entre os candidatos ao Governo do Estado. O primeiro, promovido pela TV Correio, o segundo, pela TV Tambaú, mediados pelos jornalistas Heron Cid e Rachel Cheherazade, respectivamente. Foram mais dois iguais aos demais.

Os postulantes ao Palácio da Redenção não apresentaram propostas. Ficaram o tempo todo limitados a acusações.  O destaque maior coube à troca de farpas entre os candidatos Ricardo Coutinho (PSB) e Cássio Cunha Lima (PSDB). Chega dá arrependimento perder sono e tempo para ouvir tantas inutilidades.

Torna-se ainda mais evidente de que cada um está preocupado consigo mesmo. Parece haver uma busca incessante pela promoção individual. As atitudes mostram que a vaidade pessoal se encontra acima de tudo e de todos em detrimento do interesse público. Tiveram espaço e tempo suficientes para discutir sérios problemas que afligem a Paraíba, mas não o fizeram.

Em todo o embate os candidatos apresentavam dados coletados em fontes diferentes. Esses nunca eram compatíveis. As informações confrontadas eram sempre contraditórias, satisfazendo às vontades e aos interesses de cada um. Desse modo, fica difícil acreditar quem está sendo fiel aos fatos. Isso cria uma confusão sem precedentes na cabeça do eleitor.

Nessa guerra de vida ou morte, a crueldade das acusações procura afiar as garras para estraçalhar o adversário. No entanto, fica claro que nesse combate a primeira grande vítima é a verdade e o maior babaca é o povo. E aí, quem implantou mais leitos hospitalares na Paraíba? Quem melhor ampliou, treinou e equipou a polícia paraibana? Quem realizou mais concursos? Cássio ou Ricardo? Esse é o conteúdo dos debates durante o tempo todo.

Essa disputa besta e infantil dos dois, para mostrar quem fez mais ou deixou de fazer, é improdutiva. Ninguém suporta mais tanta mentira. Cada debate é a “xerox” dos que já aconteceram. O ideal seria nem haver novos debates, mas reprisar os que já foram realizados.  O povo quer a solução dos problemas e propostas para o futuro. Quem vive do passado é museu. Esqueçam o retrovisor. Vamos olhar pra frente, gente!

Catolé do Rocha, 27 de setembro de 2014.

           


Colunista: Josivam Alves 

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