Sobre as pesquisas

A pesquisa e o biquíni

Por Josivam Alves

Em consequência das eleições majoritárias e proporcionais do próximo domingo, uma parte do povo paraibano respira política e vive o calor da campanha realizada pelos seus candidatos. Com a contagem regressiva, candidatos e eleitores vão ficando com o sistema nervoso à flor da pele e o clima vai se tornando ainda mais tenso.

No momento, a grande polêmica gira em torno da credibilidade das pesquisas de intenção de voto. Em Catolé do Rocha, são muitas as opiniões a respeito da veracidade dos resultados divulgados pelas pesquisas. Cada eleitor ou candidato expressa seu ponto de vista de acordo com seus interesses e sua conveniência político-partidária.

Se entre os catoleenses há certa suspeita sobre as pesquisas, as razões são justificadas pelo histórico que elas têm apresentado ao longo das últimas eleições na Paraíba. Infelizmente, quase sempre, a indicação apontada por elas têm sido na direção contrária do resultado das urnas.

A repetição dessa realidade faz com que a população deixe de acreditar nos Institutos de Pesquisa. Um exemplo clássico de tantos e insistentes erros foram os resultados das pesquisas relacionadas às campanhas disputadas pelo Sr. José Targino Maranhão ao governo do Estado. Toda vida ganhou nas pesquisas e sempre perdeu nas urnas.

Talvez por conta de tantos desencontros, incompatibilidades e fragilidade dessas pesquisas, o Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE/PB) tenha tomado a iniciativa de não permitir o registro e a divulgação de várias pesquisas nas últimas semanas. É uma forma de livrar a população de alguns vexames.

A desconfiança em relação às pesquisas não é de hoje. Só para ilustrar um pouco nosso raciocínio acerca da questão, aqui podemos trazer à tona a lembrança de uma entrevista, certa vez concedida pelo senador João Calmon (PMDB/ES), de saudosa memória. Ao ser indagado por um repórter sobre o resultado de uma pesquisa eleitoral feita no seu Estado, Calmon respondeu: “Pesquisa é igual a biquíni, mostra tudo, mas esconde o essencial”.

Catolé do Rocha, 3 de outubro de 2014.

Josivam Alves(COLUNISTA)