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quarta-feira, 8 de outubro de 2014

A verdade das ultimas eleições - Por Josivam Alves

Sem compromisso
Por Josivam Alves
A realidade eleitoral por que passou Catolé do Rocha no último dia 5, em que o povo foi às urnas para participar do pleito de 2014, é bem diferente daquela das outras eleições. Em campanhas passadas, os votos dos catoleenses eram divididos entre candidatos ligados diretamente ao município. Hoje, não é mais assim.
Neste ano, lamentavelmente, essa tradição deixou de existir. Isso não devia ter acontecido. Infelizmente, aconteceu. É falta de união entre as lideranças que participam da política local. Não é bom para o município ficar sem representante. Por isso, ficou meio esquecido nos últimos quatro anos, sem alguém para reclamar as necessidades do povo e pedir soluções nas instâncias superiores.
Em Catolé, nas eleições deste ano, a imensa quantidade de votos dada aos candidatos de fora foi praticamente perdida. Os políticos de nossa cidade, tocados por forte ciumeira, distanciaram-se uns dos outros. Alguns pensaram somente em dinheiro. O espírito de equipe e o sentimento de partilha foram deixados um pouco de lado. As oposições, principalmente, ficaram muito divididas, desarticuladas.
Quando há união em torno de um nome é possível conseguir mais votos para o candidato. Isso agrega valor ao grupo e maior legitimidade para futuras reivindicações. Em nosso caso, a divisão foi tão prejudicial, que cada candidato a deputado obteve uma ninharia de votos.
Levando em conta o preço que pagaram e a quantidade de votos que receberam, esses deputados vão ter compromisso com o povo de Catolé do Rocha? É claro que não! Aliás, eu tenho certeza. Diante dessa situação, cada deputado pode dizer que comprou todo mundo, e caro, e que, assim, não tem nenhuma obrigação de fazer mais alguma coisa pelo nosso povo.
Então, a continuar desse jeito, não se pode dizer outra coisa, senão, que o povo de Catolé do Rocha está votando muito mal. Se não houver um pouco de consciência, através de uma reflexão mais crítica acerca de nossa realidade, em que somos vítimas de nossas próprias decisões, depois, pode ser tarde demais. Cada povo paga pelos seus erros. Aí, no final, nem mel nem cabaça.
Nossa cidade poderia aproveitar a oportunidade das eleições e, através da união das lideranças (as da situação de um lado e as da oposição de outro) firmar compromisso com um candidato sério, que defendesse e lutasse por Catolé durante todo o mandato. Quem assim o fizesse poderia ser submetido à apreciação popular outras vezes sem nenhum constrangimento.
Votar em candidato “copa do mundo”, que só vem aqui de quatro em quatro anos para pegar o voto, depois toma chá de sumiço e não dá nem pra conferir, é uma tolice de nossa parte. Em sendo assim, estamos, sem sombras de dúvida, fazendo o papel de idiotas. Deveria existir, pelo menos, um tiquinho de respeito pelo povo.
O ideal seria votar em um deputado que antes discutisse de forma aberta e democrática os problemas de Catolé; que assinasse um Termo de Compromisso (TC) ou uma espécie de Carta de Intenções (CI) para lutar, de verdade, pelo município. E tudo fosse levado ao conhecimento da população. Por que alguns detentores do poder discutem certos assuntos às escondidas, na calada da noite? Por que não às claras? Será que é cambalacho?
No entanto, da forma como aconteceu nas eleições de domingo (5/10), fica difícil. Fatiaram os votos de Catolé que nem bolo de aniversário em festa de muita gente. É triste, mas é verdade. Cada carcará levou seu pedaço. Sei que, para depois das eleições, nenhum compromisso foi fechado com vistas à melhoria das condições de vida do nosso povo, a não ser pleito de natureza individual, como emprego, assessoria ou ajuda do gênero. Assim, não vamos conseguir nada.
Catolé do Rocha, 8 de outubro de 2014

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